ESCREVER SEM PENSAR NO QUÊ





Procuro respostas inacabadas a questionamentos internos que se amontoam em meio a um turbilhão infinito de emoções constantes, cortantes e apaixonantes.



quarta-feira, 23 de março de 2016

Avante




Vi-me sumir lentamente. Aos poucos. Acomodar-me. Esconder-me da vida. Dos sonhos. Da realização. E decidi. Era a hora de voltar a abrir minha caixa preta e confessar o avesso do avesso das minhas verdades. Foi quando mergulhei num mar de incertezas envolto a incômodos adormecidos. E resolvi tocá-los com gentileza. A fundo.

Existir no limite é perigoso. Eu sei. Mas eu gosto. E preciso. Não dá para aniquilar os desejos. Nem se recuar diante deles. Preciso daquele que pulsa, sabe? Bem acelerado. Gritando! Preciso das borboletas dançando dentro de mim. Cantando alto!

Não dá para paralisar. Desfazer. Recuar.
Não dá para enganar. Endurecer. Dissimular.
É preciso seguir. Em frente. Com passos firmes. Àquele ‘além’ já desenhado num antigo script.

A lucidez não nos livra dos dramas. Não! Mas ela nos impulsiona a transformar antigas interrogações – outrora disfarçadas de certeza – em transformações convictas de um ´tem que ser assim – e assim será!’

Amém!






(9 set 15)


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