ESCREVER SEM PENSAR NO QUÊ





Procuro respostas inacabadas a questionamentos internos que se amontoam em meio a um turbilhão infinito de emoções constantes, cortantes e apaixonantes.



sexta-feira, 13 de fevereiro de 2009

Aviso


"Renda-se, como eu me rendi. Mergulhe no
que você não conhece como eu mergulhei.
Não se preocupe
em entender, viver
ultrapassa qualquer entendimento".

"Não quero ter a terrível limitação de quem
vive apenas do que é passível de fazer sentido.
Eu não: quero uma verdade inventada".

(Clarice Lispector)



A fundo para esclarecer um não-era-pra-ser-assim que chegou de surpresa. [E a surpresa escondida, sai de dentro do armário pra se exibir... ]

Pés afundam em areias movediças que escancaram a dificuldade de lidar com o que não estava previamente definido.
[Arrancaram a página principal do guia, não sei mais pra onde ir...]

Nesse trajeto de aprendizado contínuo, ainda embanano-me quando cruzo com esse inesperado atrapalhado, embora seja uma apaixonada por espontaneidades genuínas.

Ainda remexo na caixinha do equilíbrio para tomar uma dose de flexibilidade. [Já avisaram que não vai dar certo enquanto não entender que não é nada pessoal...]

Um estouro fininho, molhado...

Um abraço vazio, encharcado...

Práticas teorizadas e espelhadas incomodam mais do que unha encravada.

Mas não é nada, meu bem, não é nada...

quarta-feira, 11 de fevereiro de 2009

Nós


Sei que tá ali... bem ali...
Desacelerar para balancear, para equilibrar.
[Eu sei].

Vejo tudo tão claro nessa escuridão medonha.
Sinto tudo tão certo nessa bagunça traumática.

Tava escrito! Nas estrelas?
[Eu sei].
Já li, reli e grifei aquele trecho que entrega quando por ti me entreguei.

Uma história linda. Pura. Sincera. Verdadeira.
Duas almas abertas ao ajuste colorido, dolorido de um encaixe previsto, perfeito.

E como tenho sentido todo o sentido que isso faz dentro de mim, dentro de ti, dentro de nós.

E como tenho vivido todo o vício que envolve a soma de dois que se multiplica em mil e vira apenas um.

Quero pra sempre. Mas não o pra sempre que sempre acaba.

Quero o infinito de uma ação que não cansa. Que vive, se joga, se diverte, sonha...

Quero o faz-de-conta realístico de um castelo que não desmorona. Nem com água, nem com sopro. Nem com absolutamente nada.

Quero o calor dos seus braços aqui comigo, assim, abertos, assim, livres, assim, prontos para voar bem alto, pra bem longe, pra bem perto, e aterrissar aqui, dentro do meu peito... se aconchegando daquele nosso jeito para nunca, nunca mais ir embora...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Keep walking


Nada de flores para aqueles defuntos já enterrados. Afinal, eles conseguiram deixar atordoada uma caixola sem feixo, que bate toda vez que sacode diante das turbulências vivenciais. Deixam calos.

Incrível como o de trás parecia tão consolidado enquanto o da frente sequer dava vestígios de que vinha pra valer. Mas chegou.

Tudo igual e ao mesmo tempo completamente diferente!

Passando a escova com extremo cuidado para retirar a poeira das memórias enterradas a fim de revelar a certeza.

Ansiamos pelo conforto da verdade absoluta porque não podemos suportar a desolação de uma existência puramente caprichosa.

Abra essa redoma de vidro para extravasar incômodos silenciosos.

Continue extasiada para resolver os enigmas da vida.

A simples complexidade de uma estrutura mental move energias em busca de um fim sem ponto, apenas com um caminho a ser perseguido.

And GO AHEAD!

One step at a time!

Ânsia


"Deixe em paz meu coração
Que ele é um pote até aqui de mágoa
E qualquer desatenção, faça não
Pode ser a gota d'água..."
(Chico Buarque)

Demorou tanto tempo para voltar. Sim!

Mas conte-me as tais regras coerentes capazes de mensurá-los de forma justa.

Cá está uma história ainda não publicada. Em processo de criação, diria.

E aqueles ditos populares que tentam trazer, em frases feitas, lições de vida?

Tempo... ah, o tempo...

Digamos que ele passa.... E como!

Mas também fica... Onde?

Digerindo uma série de comidas estragadas já engolidas, enfim.

Nada de vomitá-las em lugares inapropriados.

E mais uma vez: Cadê as tais regras coerentes capazes de mensurá-los de forma justa?

Não aproprie-se de INJUSTIÇA.

Liberte-se desse mal que assola a humanidade. Já!