ESCREVER SEM PENSAR NO QUÊ





Procuro respostas inacabadas a questionamentos internos que se amontoam em meio a um turbilhão infinito de emoções constantes, cortantes e apaixonantes.



domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tentando decifrar vontades. Esconder desejos. Projetar sonhos. Suspender a entrega ainda tímida por pedidos mudos, calados. Entender além de circunstâncias idealizadas e irreais. Querendo mergulhar em sintonias sincronizadas, inerentes a réplicas analfabetas.

[E essa lucidez que não nos livra dos dramas cotidianos... E essa aridez que não permite o brotar de sementes gestacionais em terrenos já acometidos por ervas daninhas].

Silêncio suspenso descarrega traduções ilegíveis ansiosas por resultados concretos. Simples, reais, verdadeiros. Disfarço a urgência para que não percebam um querer quase que necessário para um amanhã digno de um vivenciar pleno.Engulo doses de paciência e distraio momentos irreconhecíveis que percorrem a trotes descompassados com a plena sabedoria de que o estar pronto é muito mais importante do que o receber propriamente dito.

Nada é absoluto.
Tudo é permitido.
E tenho dito!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Teste pra alma

 
 
"A esperança é o sonho
do homem acordado" (Aristóteles).

"É um alimento da nossa alma,
ao qual se mistura sempre
o veneno do medo" (Voltaire).

E, de repente, porém, sem grandes surpresas, uma arrebatadora repetição chega, violentamente, tentando desgovernar uma confiança no que está pra ser, outrora concreta, contruída com muito suor, mas que vem sendo questionada pela arrogante negação de uma infantilidade senil. E essa sobrecarga que derruba, esse cansaço pesado que curva ombros magros, estimulando a cabeça a ficar baixa e o olhar a permanecer projetado no asfalto, sem cor, sem brilho, sem luz no fim do túnel... Tamanhas provações previamente previstas numa trajetória vão se avolumando e progredindo num crescer questionável, obscuro, quase invisível. Que cega! Desconfio que já não posso com passos desistidos de coragem, de luta e de fé. Desconfio que continuo projetando aqueles velhos e conhecidos scripts em algo ainda ilusório e imaturo. Inexistente, eu diria. É que desta vez suplico para que o trem não saia do trilho, e o seguir em frente seja mais leve, mais puro, mais simples. [Pois verdadeiro já é, embora ainda não se baste]. E que as pedras do caminho, ah, essas pedras, sejam de areia e se desfaçam com o sopro de uma esperança de quem ainda acredita em final feliz!