ESCREVER SEM PENSAR NO QUÊ





Procuro respostas inacabadas a questionamentos internos que se amontoam em meio a um turbilhão infinito de emoções constantes, cortantes e apaixonantes.



quarta-feira, 28 de novembro de 2012



"... all you need is love,
love is all you need..."
The Beatles



... vai ver que essa luta desmedida andou me distanciando da verdadeira essência do Ser. Vai ver que a cegueira descompensada andou me desviando de um caminho tão almejado. Talvez seja isso. Mas não permitirei ser engolida por enganações, nem tampouco ser dominada por desejos aparentemente sadios. Eu quero é amar!! Amar de verdade. Inteira. Presente. Concreta. Amar é uma decisão, não uma contingência. Porque amar com destreza é caráter. Amar com transparência é pureza. Amar com entrega é coragem. Eu quero amar!! Amar com a simplicidade complexa do infinitivo mais infinito do que nunca. Quero sentir o coração palpitar, as pernas bambalearem e nossas bocas se tocarem pela milésima vez como se fosse a primeira. Eu quero é conjugar plenamente esse verbo, num futuro do presente mais que perfeito, te amando, pelo resto da minha vida, de mãos dadas, porque eu acredito nesse tal de “pra sempre”.

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

O meu céu e o seu


Escrevo para esvaziar a alma. Para expelir aglomerados de poesias e punhados de exclamações!!! Para registrar sorrisos frouxos e escancarados. Abraços esmagados por ternuras adocicadas. Puras que só elas... ... completas, serenas, longevas. E diante da neblina, desvio o olhar e encontro estrelas. Dessas que brilham num manto já escurecido pelo tempo. Converso com a lua e embriago-me de segurança de quem, apesar de voar alto, não tem mais medo. De quem desbrava um imenso universo certa de que a gravidade dessa vez não derruba, pois “de mãos dadas a vida faz mais sentido”. Esse presente veio das mãos de alguém que, lá de cima, me deu a chance de, desta vez, escrever certo por linhas não mais tortas.

quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Passos firmes


 
"O mais importante da vida
não é a situação em que estamos,
mas a direção para a qual
nos movemos". Oliver Holmes


... e, de repente, o ombro pesado força um cair, e a curvatura do corpo que insiste no que não deve, esconde sensações impalpáveis e rouba energia no realizar. Um tijolinho aqui. Outro acolá. A demora dessa construção cansa, desmotiva... ... engana. Agarro-me àquele sorriso singelo, à grandeza do abraço apertado e ao mais novo presente recebido, certa de que o que realmente vale nesta vida é a luta para ‘Ser’, no mais puro e cristalino dos sentidos. E nesse caminho aparentemente torturoso e conscientemente certeiro, percebo a importância de mover-se nesta direção, e convenço-me de que os dias mais belos e os que realmente valem a pena são aqueles nos quais suamos para nos mantermos fiéis a nós mesmos, à nossa alma; afinal, como dizia Jung: "só aquilo que somos realmente tem o poder de curar-nos".


quinta-feira, 16 de agosto de 2012

De longe


Hoje passei por ruas que eram nossas e faltou você. Comi aquele pastel que você adora e que, de repente, ficou sem sabor. Sabe aquele consultório que durante um bom tempo nossas visitas tornaram-se rotineiras? Então... continua lá. As calçadas, o barulho, as buzinas. As moçadas, num escuro, na esquina. Em cada passo por aquele espaço que cabia a gente, senti um buraco no peito, uma dor que sangra, rasga, desgasta, desanima... Seu sorriso distante e seu olhar apaixonante. Seu abraço apertado, seu carinho colado... Quanta ausência!! E essa abrangência desmedida. E essa despedida despida me deixou perdida! Quero você! Te deitar no meu peito para não esquecer que, embora este caminho ainda pareça estreito, estou fazendo tudo direito. Quando a gente menos esperar, nosso momento vai chegar... Que o amor há de vencer! E quando essa saudade desaparecer, tudo entrará nos eixos. E como num passe de mágica, estaremos ali, juntinhos, do nosso jeito... p-e-r-f-e-i-t-o!!

Desculpa



"Escrever é confessar os pecados
e ouvir os próprios conselhos"

Não me reconheci. Estranhei meu olhar amuado. Minha boca fechada. Meus braços cruzados. Estranhei o distanciamento de corpos colados, de mãos dadas desdadas, de almas isoladas. Mergulhei num mar de suposições e afundei por entre lágrimas que inundavam meus questionamentos. Convidei a mim mesma para penetrar no mais íntimo da minha dor. Queria enxergar nas profundezas de uma solidão inquieta tudo aquilo que veio para desnortear a alegria. E não gostei do que vi. Eu nunca fui assim. Nunca! Por isso, peço-lhe desculpas. Embora não haja borracha para apagar as palavras não ditas. Nem mecanismo para transformar agora um injusto ontem num abraço apertado, num colo bem dado, num carinho eternizado. Desculpa! Do fundo do meu coração, desculpa! Não permitirei que o “pode contar sempre comigo” pareça apenas palavras soltas ao vento. Porque de estrelas tenho aprendido... ... com você. E não deixarei que elas parem de brilhar. É eu só insisto porque insisto num tal de amor!

"... é que EU TE AMO!
Não tenho dúvidas que queria estar mais perto".
(Nando Reis)

terça-feira, 12 de junho de 2012

Como eu quero!!

"Porque de mãos dadas a vida faz mais sentido"



E, um dia, meu lindo, tudo mudou. Voltei a sentir o calor do beijo, a leveza do toque, o frio na espinha. Voltei a suspirar pelos cantos, a cantar bem alto, a dançar sozinha. Quando eu já nem mais sabia viver de mãos dadas, você aparece e me apresenta uma sensação até então desconhecida. Quando eu já nem mais sabia deitar no colo, chorar no ombro, gritar bem alto e dar gargalhadas por nada, você aparece e me ajuda a resgatar emoções afundadas e perdidas num buraco solitário.

Com você me sinto feliz! Me sinto viva! Humana. Criança. Mulher. Sinto um encaixe natural, de duas almas ávidas por sorrisos lúcidos. Uma troca surreal, de dois corpos sedentos por abraços apertados, por beijos roubados, por canções apaixonadas e melodias unisseriadas e organizadas por uma bagunça legível, tangível, absorvível.

Te quero perto! Te acho certo! Quero eternizar momentos. Parar o mundo. Te abraçar bem forte e te pedir bem baixinho: esqueça sua voz nos meus ouvidos e cante pra mim até o sol raiar. Até a chuva parar. Até o arco-íris nascer para mostrar que o colorido tem hora certa para aparecer.

Quero bagunçar teu cabelo, desvendar o mistério do seu corpo, sintonizar nossa temperatura, numa ausência de fôlego, e se perder por entre lençois, ouvindo sua voz, mansa, melosa, gostosa, entrando devagarzinho por entre túneis recheados de sensações cuja magnitude transcende explicações terrestres.

Quero viver clichês, inventar músicas bregas, assistir seu repouso no meu peito enquanto deslizo minha unha sobre sua pele macia. Quero te roubar pra mim, sussurrar baixinho que 'não aguento' e te transportar para um cantinho escondidinho, só nosso!

Quero viajar e desaparecer para te encontrar assim, comigo, juntos, para sempre, embalados por sonhos já amadurecidos por um ontem dolorido. Pronto para construir um amanhã que nem cabe nesse agora. Porque o hoje nos basta. Nos completa. Nos transforma. Nos dá indícios suficientes de que simplesmente É. E é assim que tem que ser. E pronto!!!

Quero estar!
E cuidar para durar!


Sua linda,
Luli

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Despetalada


"Hoje eu só quero que
o dia termine bem"
(Luciana Mello)

 

Desatado
Desbotado
Desabotoado
Desajustado
Desparafusado
Desaparecido...


Comparações [injustas?] remexem cicatrizes sangrentas, revisitam histórias doídas e deixam um vazio com cara de adeus. Viro fantoche do tempo. O justo é não antecipar respostas. Nem adiantar decisões. Teço meus pensamentos, cruzo com o que bate aqui dentro e assusto-me com o pavor da escuridão fria - amordaçada e fragmentada.


...Despetalada!





segunda-feira, 7 de maio de 2012

Pressagiando


Calei-me. E, de imediato, o silêncio andou cheirando como falta de transparência. Nebuloso, oculto, embaçado. Um incômodo chatinho! Porém, à medida que a dúvida vinha sendo esclarecida, o impulso pra trás foi se resvalando, despedindo-se dessa cólera que quase se instalava. Transformou-se num querer certeiro, num desejo concreto, num risco arriscado e consciente. Verdades descascadas escancaram o escondido numa hipérbole que bate aqui dentro. E aí também, que eu sei!! [agora eu sei!!]


And like Don Henley wrote once: "The more I know, the less I understand. All the things I thought I knew, I'm learning again".




domingo, 6 de maio de 2012

Então...




"Quem escolheu a busca,
não recua a travessia"
Guimarães Rosa


Aguardei tanto por esse momento. De parar, aquietar, me isolar. De reconectar-me com um pedaço de mim que outrora adormeceu e esqueceu de viver. Que se escondeu num profundo buraco borbulhante visando evitar colisões contínuas e inevitáveis com sonhos tangenciais que morreram no decorrer do caminho. Que empedrou-se por conta de uma realidade doída e perdeu o encanto de viajar para o além, mas que vinha procurando oxigênio faz tempo. E nesse desassossego desengonçado, agoniado pela falta, desorientado pela distância, remendo os mais diferentes fiapos sabeis dessa linha torta e encaro assim, de frente, um desenrolar ainda amarrotado e ciente de que essa ardósia está longe de ter um desfecho imediato. Conforme os ponteiros avançam, agarro-me ao mais singelo dos ideais e recuso-me a fechar-me nessa gruta escura e cegar-me diante da claridade que, aos poucos, vem chegando para iluminar essa atmosfera intrusa e bem-vinda!!

sexta-feira, 4 de maio de 2012

Finalmente serenou. Enfrentou os imprevistos com classe - apesar da dose extra de ansiedade exacerbada, - entendeu os motivos dos desafios terrestres chegarem como chegaram e, finalmente, está aprendendo a lidar com essa fase passageira cuja adaptação anda cobrando um preço bem salgado. E nesse samba do criolo doido, é preciso tirar o pé do chão e dar aquela reboladinha para as coisas se ajeitarem. Agora, tudo no seu devido lugar. Exatamente como havia estipulado em seu inevitável script. Deitou em paz!! #boanoite!!

gift



When I was living in a shell
lonely and broke inside
you came into my life
and saw me as no one before

When all my faith was lost
and I was facing how much does it cost
you came into my life
and made me believe
that was something more
besides that long and painfull war

You made me believe I could try
Not live a lie
I could fly
and reach the sky
I could ask myself why
I was falling in love with that guy

Unbelievable but true
Undescribable and pure
When you touched my soul
you made me feel so real
you read every little part of me
(I didn't imagine we were meant to be)
you tried to explain
what was really going on
by showing me you were everything
I've spent my whole life looking for

No, no more lies (not at all)
No more cries (not at all)
No more tears in my eyes
it's time for me to kiss you throught the night
(and it feels so right, it feels so right)

No, no more pride (not at all)
No more hide (not at all)
No more sacrifice
it's time for you to be mine
(so kind, so fine)

There's no question about the future
(living right here, right now)
'cause when I am with you, babe
nothing else matters
as long as we are holding hands.

domingo, 26 de fevereiro de 2012

Tentando decifrar vontades. Esconder desejos. Projetar sonhos. Suspender a entrega ainda tímida por pedidos mudos, calados. Entender além de circunstâncias idealizadas e irreais. Querendo mergulhar em sintonias sincronizadas, inerentes a réplicas analfabetas.

[E essa lucidez que não nos livra dos dramas cotidianos... E essa aridez que não permite o brotar de sementes gestacionais em terrenos já acometidos por ervas daninhas].

Silêncio suspenso descarrega traduções ilegíveis ansiosas por resultados concretos. Simples, reais, verdadeiros. Disfarço a urgência para que não percebam um querer quase que necessário para um amanhã digno de um vivenciar pleno.Engulo doses de paciência e distraio momentos irreconhecíveis que percorrem a trotes descompassados com a plena sabedoria de que o estar pronto é muito mais importante do que o receber propriamente dito.

Nada é absoluto.
Tudo é permitido.
E tenho dito!!

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2012

Teste pra alma

 
 
"A esperança é o sonho
do homem acordado" (Aristóteles).

"É um alimento da nossa alma,
ao qual se mistura sempre
o veneno do medo" (Voltaire).

E, de repente, porém, sem grandes surpresas, uma arrebatadora repetição chega, violentamente, tentando desgovernar uma confiança no que está pra ser, outrora concreta, contruída com muito suor, mas que vem sendo questionada pela arrogante negação de uma infantilidade senil. E essa sobrecarga que derruba, esse cansaço pesado que curva ombros magros, estimulando a cabeça a ficar baixa e o olhar a permanecer projetado no asfalto, sem cor, sem brilho, sem luz no fim do túnel... Tamanhas provações previamente previstas numa trajetória vão se avolumando e progredindo num crescer questionável, obscuro, quase invisível. Que cega! Desconfio que já não posso com passos desistidos de coragem, de luta e de fé. Desconfio que continuo projetando aqueles velhos e conhecidos scripts em algo ainda ilusório e imaturo. Inexistente, eu diria. É que desta vez suplico para que o trem não saia do trilho, e o seguir em frente seja mais leve, mais puro, mais simples. [Pois verdadeiro já é, embora ainda não se baste]. E que as pedras do caminho, ah, essas pedras, sejam de areia e se desfaçam com o sopro de uma esperança de quem ainda acredita em final feliz!

sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dormindo acordada

Meu coração não se cansa,
de ter esperança, de um dia ser tudo que quer"
(Coração vagabundo - Caetano Veloso)


E numa espécie de quase obrigação própria, imposta assim numa circunstância um tanto quanto cabível, porém ainda imatura, redesenho cenários e forço a imaginação a reproduzir, quase que sem cortes, um desenrolar de um desejo num formato intangível. Em vão! Parei então para fazer funcionar a consciência deste movimento intacto e deparo-me, mais uma vez, com a força descomunal de um pedacinho da mente que comanda muitas de nossas ações, sem nem pedir licença: o tal do inconsciente. Deve ter sido ele que resolveu, por causa de um punhado de dores e desamores, esconder aquela vontade latente e bloquear o sonho de uma realidade jamais conhecida [ainda]. Já dizia o sábio Freud: "É escusado sonhar que se bebe; quando a sede aperta, é preciso acordar para beber". E nessa busca de saciar essa adormecida possibilidade [distante?], sigo cuidando de mim e, em meio a este mergulho num labririnto interno e profundo, aguardo o momento certo de me embriagar. Afinal, os melhores sonhos são aqueles que sonhamos acordada!