ESCREVER SEM PENSAR NO QUÊ





Procuro respostas inacabadas a questionamentos internos que se amontoam em meio a um turbilhão infinito de emoções constantes, cortantes e apaixonantes.



sexta-feira, 6 de janeiro de 2012

Dormindo acordada

Meu coração não se cansa,
de ter esperança, de um dia ser tudo que quer"
(Coração vagabundo - Caetano Veloso)


E numa espécie de quase obrigação própria, imposta assim numa circunstância um tanto quanto cabível, porém ainda imatura, redesenho cenários e forço a imaginação a reproduzir, quase que sem cortes, um desenrolar de um desejo num formato intangível. Em vão! Parei então para fazer funcionar a consciência deste movimento intacto e deparo-me, mais uma vez, com a força descomunal de um pedacinho da mente que comanda muitas de nossas ações, sem nem pedir licença: o tal do inconsciente. Deve ter sido ele que resolveu, por causa de um punhado de dores e desamores, esconder aquela vontade latente e bloquear o sonho de uma realidade jamais conhecida [ainda]. Já dizia o sábio Freud: "É escusado sonhar que se bebe; quando a sede aperta, é preciso acordar para beber". E nessa busca de saciar essa adormecida possibilidade [distante?], sigo cuidando de mim e, em meio a este mergulho num labririnto interno e profundo, aguardo o momento certo de me embriagar. Afinal, os melhores sonhos são aqueles que sonhamos acordada!

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