ESCREVER SEM PENSAR NO QUÊ





Procuro respostas inacabadas a questionamentos internos que se amontoam em meio a um turbilhão infinito de emoções constantes, cortantes e apaixonantes.



terça-feira, 11 de março de 2008

Mandamento: pensar

Letras atropelam esse cérebro cansado que aprende a pensar, esses olhos marejados por um choro expulso por verdades que chegam atropelando tudo. Doeu, mas guardei todos os ensinamentos que você me trouxe assim, com aquela sua agressividade cuidadosa - coisa de mãe que pisa no acelerador, porque não suporta a perda de tempo da cria.

Repetições intermináveis que sentem dificuldades de penetrar naquele funil de entendimento que busca o amadurecer. Crescer nunca doeu tanto. Meus joelhos ainda reclamam. Antes eram os ossos que buscavam expansão em um corpo imaturo. Hoje pedragulhos e trombadas por entre passagens esburacadas carimbam cicatrizes profundas. Casquinhas que demoram para cair.

Renovação, renascimento, tudo novo... Reformas exigem tempo, dedicação de trazer só o que importa e tocar a vida adiante. O inchaço da expressão que trouxe do contato aguardado, procurado e inevitável, cobra aquele click escondido tempos atrás. Chegou a hora de trancar aquelas lembranças do ontem e debruçar em um muro de possibilidades que separa o ‘ser’ do ‘devia ter sido’.

Trilha Sonora: Chris Martin, singing ‘The Scientist’

Nobody said it was easy,
It's such a shame for us to part.
Nobody said it was easy,
No one ever said it would be this hard.
Oh take me back to the start.

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