ESCREVER SEM PENSAR NO QUÊ





Procuro respostas inacabadas a questionamentos internos que se amontoam em meio a um turbilhão infinito de emoções constantes, cortantes e apaixonantes.



segunda-feira, 6 de outubro de 2008

Olhar com olhos de ver



Nem lá,
Nem cá,
Em nenhum lugar,
E em todo lugar,
Aqui, Ali,
Pra lá, Pra cá,
Contigo, assim?
Não.
Comigo, enfim.

Trocamos palavras… de início, resisti em expor tudo isso, assim, do jeito que você queria, e eu não gosto, você sabe... mas era aquele incômodo do "guardar pra mim" que me pedia para pôr pra fora, entende? E foi. Saiu, assim, com uma cadência sincera, ansiosa... esperançosa.

Buscava conforto e certeza, pois sabia que debaixo daquele pensar estruturado, havia ciscos que o impediam de piscar direito. E você não via. Por outro lado, entregava verdade, sem me preocupar se coincidia com o que você veio buscar. Não importava-me com justiça. Queria falar. Fazê-lo entender, enxergar. Me limpar, me libertar. E só.

Guardei o simbolismo na gaveta. Meu raciocínio saia fácil, em um desenrolar transparente, límpido. Apesar de sinais e de subjetividade, você convidou seu intelecto para lhe traduzir alguns trechos. Tudo bem, não me importo, não queria ruídos... Aos poucos você recebia tudo que o silêncio havia guardado, enfim.

Interrupções inconvenientes invadiram a conversa. Finalização sem fim exigiu que se fechasse o que foi aberto.

Sentei.

Senti.

Escrevi.

Hesitei.

Relutei.

Reli.

Mandei.

Pronto!!



Trilha Sonora:

"I felt so symbolic yesterday"
Mr Jones – Counting Crows

Nenhum comentário: